DA ESQUERDA PARA A DIREITA: EDUARDO - VONILDA - ANTENOR E INOCÊNCIA (Bodas de Ouro) - MARIA - JOSÉ - LEONINO - HEITOR
Ausentes: Leonor, Laura (in-memoriam), meus pais: Alfredo e Laurita, (in-memoriam)
Família Silva, alegria !
sessenta anos atrás
Eu, Jose Paula nascia,
na vila Francisco Braz
O nome Brasópolis tornou-se,
minha cidade natal
Vovô Francisco criou-se,
como irmão de Venceslau
Um ano depois chegava,
com a família no Pombal
Vida dura enfrentava,
pois só tinha matagal
Meu pai construiu uma venda,
no alto, entre colinas
De onde vinha a merenda,
com o trabalho das meninas
Maria e Inocência,
na venda pouco vendiam
Até tinham experiência,
a pinga, as onças bebiam
Laura, Eduardo, eu e Leonor,
íamos prá roça ajudar
E antes do sol se por,
nós não podíamos parar
Com dor nas mãos congeladas,
Eduardo e eu chorava
Muito frio, muita geada,
quando o feijão arrancava
Buscava água nas minas,
que tinha na ribanceira
Eu tinha dó das meninas,
subiam pela ladeira
Numa bacia furada,
minha mãe me dava banho
A água nela guardada,
diminuia de tamanho
Naquele mundo de nada,
necessidades do dia,
sem banheiro, sem privada,
nos arbustos se fazia
Na noite, quando dormia,
para o xixi levantava
Nos pés urina escorria,
quando o pinico puxava
Com oito anos de idade,
à escola eu não ia
Com muita severidade,
na roça eu passava o dia
Vonilda quando nasceu,
com uma colher de sopa,
minha mãe canja comeu,
me pondo um pouco na boca
Com a tijela outra vez,
quando o Heitor chegava
Da canja que ela fez,
mais uma vez eu provava
Um dia na estripulia,
na beira de uma cisterna
Nos sapos, enquanto bulia,
escorreguei minha perna
Da boca o sangue escorria,
o fundo do poço era o alvo
Por Eduardo e Maria,
nesse dia fui salvo
Meu pai na severidade,
qualquer arte castigava
Vonilda com pouca idade,
mesmo assim ela apanhava
Na colheita do feijão,
a saca ela segurava
E quando escapava a mão,
de medo ela até mijava
Adoentado, um dia,
fiquei brincando no chão
As bitucas que acendia,
eu catava com a mão
Neu pai chegou de repente,
e a bituca me esfregou
E eu que estava doente,
a minha boca queimou
Espancamento e castigo,
uma lição para os pais
Não funcionaram comigo,
com violência jamais
O feio vício do fumo,
aos desessete aprendia
Até hoje estou sem rumo,
quem sabe até pare, um dia
Com nove anos de idade,
o Eduardo contou:
Mudaremos prá cidade,
foi nosso pai que falou
Expectativa e sonho,
a partir dali vivia
Agora já mais risonho,
com muito mais alegria
Boa lembrança e saudade,
com certeza ia deixar
Apesar da pouca idade,
gostava de ouvir cantar,
Na venda, domingos e sábados,
a dupla, Zezinho e Lia
Violão e viola afinados,
e uma linda melodia
Partimos com esperança,
nosso dia veio a mil
Colocamos a mudança,
dentro de um Chevrolet Brasil
Pouco espaço, duas mudanças,
partimos com muita fé
Movidos pela esperança,
de trabalhar no café
Antonio Rodrigues, parceiro,
de meu pai Alfredo Antonio
Foram prá ganhar dinheiro,
enfrentando o mato medonho
Em Cianorte, chegamos,
o sol estava caindo
A igreja avistamos,
tudo parecia lindo
Nossa mudança descemo,
no salão do Mario Misuta
Nós cansados ao extremo,
o local era batuta
Pernoite na Maranhão,
refeição na Juruá
Dormíamos até no chão,
e mais nada a castigá
Nessa avenida, bem perto,
morava uma linda menina
E lá na frente era certo,
conheceria a Janina
Num puxadinho da casa,
de José Teodoro, o primo
Entre tijolos e brasa,
o nosso muro de arrimo
Durante o dia eu passava,
jogando biroca e burquinha
Muitas bolinhas eu ganhava,
daquela boa turminha
Saudades daquele início,
Janete, Isolete, Jossi,
Orlando, Cido, Olício,
Ovídio, Dimas e Davi
Jorge Arouca, amigo de escola,
também morou por alí
Com ele, jogando bola,
um lindo verso aprendi
"Essa engrenagem que é a vida,
esmaga a todos sem dó
E a gente toda moída,
de novo volta a ser pó"
Um tempo depois, moradia
Uma casa, meu pai comprou
Um pouco mais de alegria,
que os bons ventos soprou
Na Juruá, mesma rua,
a singeleza de um lar
A casa já menos nua,
dava até para estudar
Mas antes de começar,
muito trabalho a fazer
Na mata a derrubar,
meu pai tinha que comer
Bem longe, Eduardo e eu,
marmita íamos levar
e a mata escura, um breu,
todo dia atravessar
Até que chegou o dia,
das aulas começar
Senti muita alegria,
com certeza, ia gostar
Lá no Grupo Itacelina,
foram-me matricular
Brincava o menino e a menina,
antes da aula começar
Com carinho e com amor,
com dez anos eu estava
Aprendia com rigor,
o que Dona Leia ensinava
Depois da aula, a bonança,
nada mais a trabalhar
Jogar bola com as crianças,
ou no riacho nadar
Com Leonino nascendo,
a irmandade aumentou
Meu pai já foi percebendo,
e sua fábrica fechou
Com nove, o ciclo encerrava,
uns criados, outros não
Sabia que ainda estava,
com uma grande missão
Ele, casado já havia,
A Maria e a Inocência
A próxima, Leonor seria,
e a Laura na sequência
Então casou-se Leonor,
e a Laura surpreendeu
E num momento de dor,
ela desapareceu
Fugindo pela janela,
deixando meu pai aflito
Criando nele sequela,
e nada achando bonito
A Laura com o João fugiu,
muito mais velho que ela
Sua vida se partiu,
no dia que deixou dela
Prá São Paulo foi-se ela,
refazer a sua vida
E depois de muita trela,
a batalha foi vencida
A vida mais uma vez,
ensina e nos dá lição
A Laura com altivez,
À meus pais estendeu a mão
O meu pai já acamado,
ela veio de repente
Não esperando o chamado,
prá cuidar dele doente
Dos tempos que ela estudava,
muita falta me fazia
No seu caderninho estava,
o que Hilda de Souza escrevia
Estúpido Cupido, Banho de Lua,
músicas de bom som
Cantava elas na rua,
tambem Bat Masterson
Estudando, fui crescendo,
sem do trabalho afastar
Pães e doces fui vendendo,
com dinheiro prá gastar
Também tinha concorrência,
quando pães ia entregar,
prá Claudete, com inocência
Era o primeiro a chegar
Colhia muito algodão,
trabalhava de engraxate
Escolhia café com a mão,
vendia belos tomates
Não gostava de brigar,
nunca foi o meu dilema
Eu gostava de "varar",
Parques, Circos e Cinemas
Lá no Cine Cianorte,
à beira do muro estava
Contando com muita sorte,
blocos de ingressos eu achava
No Cinema sem pagar,
vários meses eu entrava
Não tinha como parar,
esse vício que arranjava
Tantas vezes eu ousava,
nunca ninguem me pegou
Até amigos presenteva,
mas o meu dia chegou
Nesse dia dentro estava,
quando "Seo" Adélio chegou
Minhas mãos muito suava,
quando ele me agarrou
Tomou conta de mim,
uma grande tremedeira
Pensei que era o fim,
mas corri pela ladeira
Numa data, capins altos,
fui nela prá me esconder
Meu coração em saltos,
só saí ao anoitecer
No quarto ano, a passar,
a professora pedia:
- Deixa o Hélio Bandeira colar,
trabalha tanto no dia!
O Hélio, o leite vendia,
talvez uma gratidão
A professora entendia,
reprovar o Hélio não
Com muita perseverânça,
fui aprovado em primeiro
O meu sonho de criança,
foi realizado em Janeiro
Meus pais e eu, convidados,
no jantar de formatura
Nós, os três de braços dados,
com muito orgulho e lisura
No clube dos Vinte e Um,
ganhava um certificado
Fui um aluno incomum,
muito bem qualificado
Já estávamos morando,
na avenida goiás
Nossa vida melhorando,
dias ruins para trás
Já com água encanada,
já com pia e com chuveiro
Mas, contudo a privada,
ainda era no terreiro
Eu, na pré-adolescência,
para o ginásio entrava
E já tinha consciência,
das meninas que estudava
A Maria Aparecida,
ou Cidinha Parisotto
Uma Bela adormecida,
realmente ela era um broto
Da Fátima Manfrinato,
até que gostava um pouco
Mas ficou no anonimato,
eu também não fiquei louco
Terezinha Códolo, eu via,
e pensava em namorar
Toda quermesse que eu ia,
nunca parou prá me olhar
A grande amiga Marina,
linda, meiga e carinhosa
Dedico prá essa menina,
um bom verso e não só prosa
"Lá na pré-adolescência,
quando ainda tinha crença,
na pureza da inocência,
mesmo a vendo com frequência,
eu sentia a sua ausência...
O meu sonho de então,
foi-se embora num soprão,
fiquei esperando em vão,
outro beijo no portão"
Na minha rua, as meninas,
brincavam cantarolando
Querendo ser a Janina,
eu ficava observando...
Foi aí que me dei conta,
da menina mais bonita,
que havia no faz de conta,
dos brinquedos das chiquitas
Mistura em casa, aos domingos,
eu buscava no Lazinho
Voltava sempre sorrindo,
daquele lugar pertinho
Enquanto ia e voltava,
nos rádios da vizinhança,
a Janina então cantava,
me enchendo de esperança
No Ginásio, bem de perto,
o coração palpitando
a Janina a descoberto,
o meu amor aumentando...
Mas era um amor platônico,
na mente de um magricela
E nem que eu fosse biônico,
jamais contaria a ela
Vida bonita existia,
garra e estudo em ação
De sonhos e poesia,
não dava prá viver não
No segundo grau chegava,
com garra e disposição
Matérias que eu mais gostava,
matemática e redação
Em sala de aula, no horário,
a professora encomendou,
um trabalho literário,
nenhum aluno acertou
Meu trabalho estava certo,
ganhando muito elogio
Nada ficou em aberto,
foi feito com muito brio
Esse trabalho eu guardei,
com o maior carinho meu
À Flora Eugênia, emprestei,
nunca mais me devolveu
Maria Marta, não esqueço,
brincos azuis balançando
Era bonito o adereço,
e dela acabei gostando...
De ônibus, vinha e voltava,
pois morava bem distante
E a gente conversava,
pelo menos algum instante
Com tanta menina linda,
mas eu só tinha amizade
Porém o namoro ainda,
ia esperar pela idade
Também já fui professor,
na Escola de Admissão
Substituí com amor,
o titular meu irmão
Na Escola Rural distante,
À luz do lampião de gás
eu ensinava bastante,
nada deixava prá trás
Na casa do Arvelino,
eu ia prá pernoitar
Amigo desde menino,
me confortava em seu lar
Dona Maria deixava,
na mesa, embrulhado um pão
Lanchava quando chegava,
leite e café no fogão
Essa mulher tão bondosa,
nos deixou precocemente
Um sobrenome de rosa,
uma lacuna entre a gente
Dessa breve profissão,
voltei à minha rotina
De trabalho e de lição,
e de pensar na menina
A Marilú de repente,
surgia como promessa
Com ela na minha mente,
eu não teria mais pressa
O namoro não durou,
não fiz nenhum juramento
Um verso ela me ensinou,
no fim do doce momento
"Não sei se é fato ou fita,
não sei se é fita ou fato
O fato é que você me fita,
me fita mesmo de fato"
Com dezenove anos, estava,
e trabalhava no Bar
Um Fusca meu pai comprava,
e me ensinava a guiar
Em Paranavaí, num passeio,
prá ver o C.A.F.E. jogar
O Moacir esqueceu o freio,
deixou o Fusca amassar
Jerson, Arnaldo, eu,
e o Moacir naquele instante
Depois que o Fusca bateu,
ele me passou o volante
Meu pai nunca acreditou.
que o Moacir tinha amassado
A culpa em mim ficou,
apesar de confirmado
Eu já tinha economia,
um tanto quanto folgado
O Fusca que eu queria,
meu pai havia comprado
De Campo Mourão, chegava,
um Fusca branco, zerado
Na minha porta parava,
já em meu nome, emplacado
Quando isso acontecia,
a Ivone eu namorava
Com muito mais alegria,
as vezes a visitava
Com a Ivone, um dilema,
com carinho e emoção
Não queria mais problema,
se houvesse enrolação
Relacionamento envolvendo,
inocência e romantismo
Aos poucos foi dissolvendo,
por falta de realismo
Por ela, eu guardo carinho,
e muita recordação
Que ela siga o caminho,
que manda seu coraão
De surpresa enfim, um dia,
surge a namorada Vanda
Era a moça que eu queria,
prá namorar na varanda
Não sei se foi a ternura,
no seu jeitinho de olhar
O fato é que essa doçura,
conseguiu me conquistar
Com amor, paixão e carinho,
tomamos a decisão
Traçamos nosso caminho,
selamos nossa união
Um ano depois um filho,
dois anos depois mais um
Andava no mesmo trilho,
lutava como nenhum
Minha família aumentava,
o meu ganho insuficiente
Alternativa eu buscava,
para equlibrar a gente
Pierre e Fábio crescia,
Patrícia estava a nascer
O concurso aparecia,
e eu tinha que vencer
No dia, eu fazia a prova,
a minha filha nascia
Na espera da boa nova,
eu me enchia de alegria
Recebi o comunicado,
o plano nós preparamos
Eu tinha sido aprovado,
prá Maringá nós mudamos
Em doze de fevereiro,
setenta e nove do ano
No bolso com mais dinheiro
na Caixa, nenhum engano
Meu salário diminuto,
como árvore de bonsai
Cresceu tanto num minuto,
que comprava o Paraguai
Três meses depois, nascia,
Caroline, a caçula
Agora com garantia,
de não faltar a matula
Com tanta estabilidade,
pus um sonho em ação
Fiz a troca de cidade,
investi na plantação
Em Formosa, o meu lazer,
nas vagas folgas do dia
Era ir prá chácara fazer,
o que a vontade pedia
Plantar, colher, cultivar,
de acordo com a natureza
Estando bem salutar,
não me faltava destreza
Criei porco e dois leitão,
e até um bizerrinho
Caroline, com emoção,
pôs o nome de Julinho
No ano de oitenta e seis,
Em Formosa, a Caixa fechava
Prá Maringá, outra vez
nossa mudança voltava
Passei oito longos anos,
sem nunca perder de vista
Sempre fazendo meus planos,
prá continuar ruralista
Em noventa e quatro, então,
no meu momento de sorte,
movido pela emoção,
três alqueires em Cianorte
Eu fiz casa, fiz pomar,
trabalhava um dia inteiro
Pus alguem prá me ajudar,
secar café no terreiro
Em dois mil e um, troquei,
por um sítio lá na Pala
Nesta troca eu lucrei,
e quase perdi a fala
Era lindo, meu recanto,
tinha um pedaço de mata
Nas noites, sempre um encanto,
com o luar cor de prata
Corria manso, um riacho,
quebrando numa barragem
No ramo, o cantar do guacho,
embelezava a paisagem
Depois de fazer cascata,
voltava para o remanso
Na relva daquela mata,
todos queriam o descanso
Na roça, muita fartura,
porcos, vacas, leites, canas,
peixes, queijos, rapadura,
hortas, pomar e bananas
Melancias, melão, mamão,
aves, ovos e mandioca
Arroz, milho, feijão,
café, farinha e tapioca
O que me faltou na infância,
agora veio com sobra
E com tanta abundância,
À Deus, agradeço a obra
Passou um tempo, eu sentia,
meu sonho realizado
De rumo então mudaria,
virando para outro lado
Em dois mil e oito, entao,
deixei tudo planejado
Visitar outra nação,
era o plano preparado
Minha esposa, eu e dois netos,
decolamos no avião
Fizemos tudo correto,
explodimos de emoção
Giordanni e juninho,
com certeza iam adorar
Com tanto amor e carinho,
ver suas férias passar
Na Califórnia chegamos,
Paty e Pedro a esperar
A nossa meta traçamos,
três mil milhas a rodar
Mas antes desse feitio,
em Squaw Valley na manha,
enfrentamos neve e frio,
escalamos a montanha
Golden Gate e Alcatraz,
em São Francisco visitamos
Sempre olhando para trás,
avistando o oceano
No Pier e Lombadr street,
ora aqui, ora acolá,
ficamos fazendo clic,
tirando fotos de lá
Seguimos na rodovia,
o Pacífico contornando,
Nos ares dos netos eu via,
que eles estavam gostando
Naquela linda paisagem,
o vulto de uma baleia
Mas era apenas miragem,
refrexo de pedra e areia
Em Santa Cruz, a casa torta,
surpreendeu nossa visão
Olhando através da porta,
parecia uma ilusão
Em Santa Bárbara paramos,
carrosel e diversão
Muito linda, nós achamos,
mais um dia de emoção
Los Angeles atravessamos,
com destino a San Diego
Não demorou e chegamos,
descansamos no aconchego
Sea World à nossa espera,
também Cidadade dos Legos
Toda criança se esmera,
aumenta o prório ego
Saímos para o jantar,
na melhor churrascaria,
e também comemorar,
aniversário alguem fazia...
Logo após, um bolo à mesa,
um parabéns com alegria
O giordanni, uma surpesa:
- a garconete sabia!?
Olhamos para o seu canto,
seis anos ele fazia
Seus olhos brilhavam tanto,
que eu chorei de alegria...
Ficará essa lembrança,
prá sempre, na minha mente
Dei a meu neto criança,
um excelente presente
Terminou nosso passeio.
Eu tenho que elogiar,
não é nenhum devaneio,
o que passo a contar
Rodovias excelentes,
sem pedágios a pagar,
sem nenhum susto na gente,
sem guardas para multar
Aqui no Brasil, presente,
volto à rotina do dia
Tocando a vida contente,
trabalhando com alegreia
Foi muito gratificante,
achar pessoas queridas,
que o vento levou distante,
prá outros rincões da vida
À amiga-irmã Cidinha,
agradeço eternamente
Junto com a vontade minha,
encontramos muita gente
Voltar a rever Janina,
foi um ato emocionante
No seu semblante, a menina,
dos tempos de estudante
Do tempo que a inocência,
em nossa alma reinava
Sem preocupar com a aparência,
de quem no brinquedo entrava...
O reencontro com a Marina,
me emocionou demais
A doçura dessa menina,
eu nao esqueço jamais
Agradeço à Deus por tudo,
que de bom, ele me deu
Com os espinhos, não me iludo,
vou seguir o caminho meu
À minha esposa agradeço,
pelos filhos que criamos
O seu valor não tem preço,
seu amor não tem tamanho
À meus filhos agradeço,
por serem honrados e corretos
Por não cairem em tropeço,
por nos darem varios netos
Dou à estória, uma parada,
dou à vida uma esperança
Vou continuar a jornada,
sendo sempre, uma criança...
José Paula silva
Nasceu em 11 de agosto de 1950
(Quando criança, lia muito literatura de cordel)
Maringá, 22 de Janeiro de 2011
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