quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

60 ANOS EM VERSOS


DA ESQUERDA PARA A DIREITA: EDUARDO - VONILDA - ANTENOR E INOCÊNCIA (Bodas de Ouro) - MARIA - JOSÉ - LEONINO -  HEITOR
Ausentes: Leonor, Laura (in-memoriam), meus pais: Alfredo e Laurita, (in-memoriam)

Família Silva, alegria !
sessenta anos atrás
Eu, Jose Paula nascia,
na vila Francisco Braz


O nome Brasópolis tornou-se,
minha cidade natal
Vovô Francisco criou-se,
como irmão de Venceslau


Um ano depois chegava,
com a família no Pombal
Vida dura enfrentava,
pois só tinha matagal


Meu pai construiu uma venda,
no alto, entre colinas
De onde vinha a merenda,
com o trabalho das meninas


Maria e Inocência,
na venda pouco vendiam
Até tinham experiência,
a pinga, as onças bebiam


Laura, Eduardo, eu e Leonor,
íamos prá roça ajudar
E antes do sol se por,
nós não podíamos parar


Com dor nas mãos congeladas,
Eduardo e eu chorava
Muito frio, muita geada,
quando o feijão arrancava


Buscava água nas minas,
que tinha na ribanceira
Eu tinha dó das meninas, 
subiam pela ladeira


Numa bacia furada,
minha mãe me dava banho
A água nela guardada,
diminuia de tamanho


Naquele mundo de nada,
necessidades do dia,
sem banheiro, sem privada,
nos arbustos se fazia


Na noite, quando dormia,
para o xixi  levantava
Nos pés urina escorria,
quando o pinico puxava


Com oito anos de idade,
à escola eu não ia
Com muita severidade,
na roça eu passava o dia


Vonilda quando nasceu,
com uma colher de sopa,
minha mãe canja comeu,
me pondo um pouco na boca

Com a tijela outra vez,
quando o Heitor chegava
Da canja que ela fez,
mais uma vez eu provava

Um dia na estripulia,
na beira de uma cisterna
Nos sapos, enquanto bulia,
escorreguei minha perna

Da boca o sangue escorria,
o fundo do poço era o alvo
Por Eduardo e Maria,
nesse dia fui salvo

Meu pai na severidade,
qualquer arte castigava
Vonilda com pouca idade,
mesmo assim ela apanhava

Na colheita do feijão,
a saca ela segurava
E quando escapava a mão,
de medo ela até mijava

Adoentado, um dia,
fiquei brincando no chão
As bitucas que acendia,
eu catava com a mão

Neu pai chegou de repente,
e a bituca me esfregou
E eu que estava doente,
a minha boca queimou

Espancamento e castigo, 
uma lição para os pais
Não funcionaram comigo,
com violência jamais

O feio vício do fumo,
aos desessete aprendia
Até hoje estou sem rumo,
quem sabe até pare, um dia

Com nove anos de idade,
o Eduardo contou:
Mudaremos prá cidade,
foi nosso pai que falou

Expectativa e sonho,
a partir dali vivia
Agora já mais risonho,
com muito mais alegria

Boa lembrança e saudade,
com certeza ia deixar
Apesar da pouca idade,
gostava de ouvir cantar,

Na venda, domingos e sábados,
a dupla, Zezinho e Lia
Violão e viola afinados,
e uma linda melodia

Partimos com esperança,
nosso dia veio a mil
Colocamos a mudança,
dentro de um Chevrolet Brasil

Pouco espaço, duas mudanças,
partimos com muita fé
Movidos pela esperança,
de trabalhar no café

Antonio Rodrigues, parceiro,
de meu pai Alfredo Antonio
Foram prá ganhar dinheiro,
enfrentando o mato medonho

Em Cianorte, chegamos,
o sol estava caindo
A igreja avistamos,
tudo parecia lindo

Nossa mudança descemo,
no salão do Mario Misuta
Nós cansados ao extremo,
o local era batuta

Pernoite na Maranhão,
refeição na Juruá
Dormíamos até no chão,
e mais nada a castigá

Nessa avenida, bem perto,
morava uma linda menina
E lá na frente era certo,
conheceria a Janina

Num puxadinho da casa,
de José Teodoro, o primo
Entre tijolos e brasa,
o nosso muro de arrimo

Durante o dia eu passava,
jogando biroca e burquinha
Muitas bolinhas eu ganhava,
daquela boa turminha

Saudades daquele início,
 Janete, Isolete, Jossi,
Orlando, Cido, Olício,
Ovídio, Dimas e Davi

Jorge Arouca, amigo de escola,
também morou por alí
Com ele, jogando bola,
um lindo verso aprendi

"Essa engrenagem que é a vida,
esmaga a todos sem dó
E a gente toda moída,
de novo volta a ser pó"

Um tempo depois, moradia
Uma casa, meu pai comprou
Um pouco mais de alegria,
que os bons ventos soprou

Na Juruá, mesma rua,
a singeleza de um lar
A casa já menos nua,
dava até para estudar

Mas antes de começar,
muito trabalho a fazer
Na mata a derrubar,
meu pai tinha que comer

Bem longe, Eduardo e eu,
marmita íamos levar
e a mata escura, um breu,
todo dia atravessar

Até que chegou o dia,
das aulas começar
Senti muita alegria,
com certeza, ia gostar

Lá no Grupo Itacelina,
foram-me matricular
Brincava o menino e a menina,
antes da aula começar

Com carinho e com amor,
com dez anos eu estava
Aprendia com rigor,
o que Dona Leia ensinava

Depois da aula, a bonança,
nada mais a trabalhar
Jogar bola com as crianças,
ou no riacho nadar

Com Leonino nascendo,
a irmandade aumentou
Meu pai já foi percebendo,
e sua fábrica fechou

Com nove, o ciclo encerrava,
uns criados, outros não
Sabia que ainda estava,
com uma grande missão

Ele, casado já havia,
A Maria e a Inocência
A próxima, Leonor seria,
e a Laura na sequência

Então casou-se Leonor,
e a Laura surpreendeu
E num momento de dor,
ela desapareceu

Fugindo pela janela,
deixando meu pai aflito
Criando nele sequela,
e nada achando bonito

A Laura com o João fugiu,
muito mais velho que ela
Sua vida se partiu,
no dia que deixou dela

Prá São Paulo foi-se ela,
refazer a sua vida
E depois de muita trela,
a batalha foi vencida

A vida mais uma vez,
ensina e nos dá lição
A Laura com altivez,
À meus pais estendeu a mão

O meu pai já acamado,
ela veio de repente
Não esperando o chamado,
prá cuidar dele doente

Dos tempos que ela estudava,
muita falta me fazia
No seu caderninho estava,
o que Hilda de Souza escrevia

Estúpido Cupido, Banho de Lua,
músicas de bom som
Cantava elas na rua,
 tambem Bat Masterson

Estudando, fui crescendo,
sem do trabalho afastar
Pães e doces fui vendendo,
com dinheiro prá gastar

Também tinha concorrência,
quando pães ia entregar,
prá Claudete, com inocência
Era o primeiro a chegar

Colhia muito algodão,
trabalhava de engraxate
Escolhia café com a mão,
vendia belos tomates

Não gostava de brigar,
nunca foi o meu dilema
Eu gostava de "varar",
Parques, Circos e Cinemas

Lá no Cine Cianorte,
à beira do muro estava
Contando com muita sorte,
blocos de ingressos eu achava

No Cinema sem pagar,
vários meses eu entrava
Não tinha como parar,
esse vício que arranjava

Tantas vezes eu ousava,
nunca ninguem me pegou
Até amigos presenteva,
mas o meu dia chegou

Nesse dia dentro estava,
quando "Seo" Adélio chegou
Minhas mãos muito suava,
quando ele me agarrou

Tomou conta de mim,
uma grande tremedeira
Pensei que era o fim,
mas corri pela ladeira

Numa data, capins altos,
fui nela prá me esconder
Meu coração em saltos,
só saí ao anoitecer

No quarto ano, a passar,
a professora pedia:
 - Deixa o Hélio Bandeira colar,
trabalha tanto no dia!

O Hélio, o leite vendia,
talvez uma gratidão
A professora entendia,
reprovar o Hélio não

Com muita perseverânça,
fui aprovado em primeiro
O meu sonho de criança,
foi realizado em Janeiro

Meus pais e eu, convidados,
no jantar de formatura
Nós, os três de braços dados,
com muito orgulho e lisura

No clube dos Vinte e Um,
ganhava um certificado
Fui um aluno incomum,
muito bem qualificado

Já estávamos morando,
na avenida goiás
Nossa vida melhorando,
dias ruins para trás

Já com água encanada,
já com pia e com chuveiro
Mas, contudo a privada,
ainda era no terreiro

Eu, na pré-adolescência,
para o ginásio entrava
E já tinha consciência,
das meninas que estudava

A Maria Aparecida,
ou Cidinha Parisotto
Uma Bela adormecida,
realmente ela era um broto

Da Fátima Manfrinato,
até que gostava um pouco
Mas ficou no anonimato,
eu também não fiquei louco

Terezinha Códolo, eu via,
e pensava em namorar
Toda quermesse que eu ia,
nunca parou prá me olhar

A grande amiga Marina,
linda, meiga e carinhosa
Dedico prá essa menina,
um bom verso e não só prosa

"Lá na pré-adolescência,
quando ainda tinha crença,
na pureza da inocência,
mesmo a vendo com frequência,
eu sentia a sua ausência...

O meu sonho de então,
foi-se embora num soprão,
fiquei esperando em vão,
outro beijo no portão"

Na minha rua, as meninas,
brincavam cantarolando
Querendo ser a Janina,
eu ficava observando...

Foi aí que me dei conta,
da menina mais bonita,
que havia no faz de conta,
dos brinquedos das chiquitas

Mistura em casa, aos domingos,
eu buscava no Lazinho
Voltava sempre sorrindo,
daquele lugar pertinho

Enquanto ia e voltava,
nos rádios da vizinhança,
a Janina então cantava,
me enchendo de esperança

No Ginásio, bem de perto,
o coração palpitando
a Janina a descoberto,
o meu amor aumentando...

Mas era um amor platônico,
na mente de um magricela
E nem que eu fosse biônico,
jamais contaria a ela

Vida bonita existia,
garra e estudo em ação
De sonhos e poesia,
não dava prá viver não

No segundo grau chegava,
com garra e disposição
Matérias que eu mais gostava,
matemática e redação

Em sala de aula, no horário,
a professora encomendou,
um trabalho literário,
nenhum aluno acertou

Meu trabalho estava certo,
ganhando muito elogio
Nada ficou em aberto,
foi feito com muito brio

Esse trabalho eu guardei,
com o maior carinho meu
À Flora Eugênia, emprestei,
nunca mais me devolveu

Maria Marta, não esqueço,
brincos azuis balançando
Era bonito o adereço,
e dela acabei gostando...

De ônibus, vinha e voltava,
pois morava bem distante
E a gente conversava,
pelo menos algum instante

Com tanta menina linda,
mas eu só tinha amizade
Porém o namoro ainda,
ia esperar pela idade

Também já fui professor,
na Escola de Admissão
Substituí com amor,
o titular meu irmão

Na Escola Rural distante,
À luz do lampião de gás
eu ensinava bastante,
nada deixava prá trás

Na casa do Arvelino,
eu ia prá pernoitar
Amigo desde menino,
me confortava em seu lar

Dona Maria deixava,
na mesa, embrulhado um pão
Lanchava quando chegava,
leite e café no fogão

Essa mulher tão bondosa,
nos deixou precocemente
Um sobrenome de rosa,
uma lacuna entre a gente

Dessa breve profissão,
voltei à minha rotina
De trabalho e de lição,
e de pensar na menina

A Marilú de repente,
surgia como promessa
Com ela na minha mente,
eu não teria mais pressa

O namoro não durou,
não fiz nenhum juramento
Um verso ela me ensinou,
no fim do doce momento

"Não sei se é fato ou fita,
não sei se é fita ou fato
O fato é que você me fita,
me fita mesmo de fato"


Com dezenove anos, estava,
e trabalhava no Bar
Um Fusca meu pai comprava,
e me ensinava  a guiar

Em Paranavaí, num passeio,
prá ver o C.A.F.E. jogar
O Moacir esqueceu o freio,
deixou o Fusca amassar

Jerson,  Arnaldo, eu,
e o Moacir naquele instante
Depois que o Fusca bateu,
ele me passou o volante

Meu pai nunca acreditou.
que o Moacir tinha amassado
A culpa em mim ficou,
apesar de confirmado

Eu já tinha economia,
um tanto quanto folgado
O Fusca que eu queria,
meu pai havia comprado

De Campo Mourão, chegava,
um Fusca branco, zerado
Na minha porta parava,
já em meu nome, emplacado

Quando isso acontecia,
a Ivone eu namorava
Com muito mais alegria,
as vezes a visitava

Com a Ivone, um dilema,
com carinho e emoção
Não queria mais problema,
se houvesse enrolação

Relacionamento envolvendo,
inocência e romantismo
Aos poucos foi dissolvendo,
por falta de realismo

Por ela, eu guardo carinho,
e muita recordação
Que ela siga o caminho,
que manda seu coraão

De surpresa enfim, um dia,
surge a namorada Vanda
Era a moça que eu queria,
prá namorar na varanda

Não sei se foi a ternura,
no seu jeitinho de olhar
O fato é que essa doçura,
conseguiu me conquistar

Com amor, paixão e carinho,
tomamos a decisão
Traçamos nosso caminho,
selamos nossa união

Um ano depois um filho,
dois anos depois mais um
Andava no mesmo trilho,
lutava como nenhum

Minha família aumentava,
o meu ganho insuficiente
Alternativa eu buscava,
para equlibrar a gente

Pierre e Fábio crescia,
Patrícia estava a nascer
O concurso aparecia,
e eu tinha que vencer

No dia, eu fazia a prova,
a minha filha nascia
Na espera da boa nova,
eu me enchia de alegria

Recebi o comunicado,
o plano nós preparamos
Eu tinha sido aprovado,
prá Maringá nós mudamos

Em doze de fevereiro,
setenta e nove do ano
No bolso com mais dinheiro
na Caixa, nenhum engano

Meu salário diminuto,
como árvore de bonsai
Cresceu tanto num minuto,
que comprava o Paraguai

Três meses depois, nascia,
Caroline, a caçula
Agora com garantia,
de não faltar a matula

Com tanta estabilidade,
pus um sonho em ação
Fiz a troca de cidade,
investi na plantação

Em Formosa, o meu lazer,
nas vagas folgas do dia
Era ir prá chácara fazer,
o que a vontade pedia

Plantar, colher, cultivar,
de acordo com a natureza
Estando bem salutar,
não me faltava destreza

Criei porco e dois leitão,
e até um bizerrinho
Caroline, com emoção,
pôs o nome de Julinho

No ano de oitenta e seis,
Em Formosa, a Caixa fechava
Prá Maringá, outra vez
nossa mudança voltava

Passei oito longos anos,
sem nunca perder de vista
Sempre fazendo meus planos,
prá continuar ruralista

Em noventa e quatro, então,
no meu momento de sorte,
movido pela emoção,
três alqueires em Cianorte

Eu fiz casa, fiz pomar,
trabalhava um dia inteiro
Pus alguem prá me ajudar,
secar café no terreiro

Em dois mil e um, troquei,
por um sítio lá na Pala
Nesta troca eu lucrei,
e quase perdi a fala

Era lindo, meu recanto,
tinha um pedaço de mata
Nas noites, sempre um encanto,
com o luar cor de prata

Corria manso, um riacho,
quebrando numa barragem
No ramo, o cantar do guacho,
embelezava a paisagem

Depois de fazer cascata,
voltava para o remanso
Na relva daquela mata,
todos queriam o descanso

Na roça, muita fartura,
porcos, vacas, leites, canas,
peixes, queijos, rapadura,
hortas, pomar e bananas

Melancias, melão, mamão,
aves, ovos e mandioca
Arroz, milho, feijão,
café, farinha e tapioca

O que me faltou na infância,
agora veio com sobra
E com tanta abundância,
À Deus, agradeço a obra

Passou um tempo, eu sentia,
meu sonho realizado
De rumo então mudaria,
virando para outro lado

Em dois mil e oito, entao,
deixei tudo planejado
Visitar outra nação,
era o plano preparado

Minha esposa, eu e dois netos,
decolamos no avião
Fizemos tudo correto,
explodimos de emoção

Giordanni e juninho,
com certeza iam adorar
Com tanto amor e carinho,
ver suas férias passar

Na Califórnia chegamos,
Paty e Pedro a esperar
A nossa meta traçamos,
três mil milhas a rodar

Mas antes desse feitio,
em Squaw Valley na manha,
enfrentamos neve e frio,
escalamos a montanha

Golden Gate e Alcatraz,
em São Francisco visitamos
Sempre olhando para trás,
avistando o oceano

No Pier e Lombadr street,
ora aqui, ora acolá,
ficamos fazendo clic,
tirando fotos de lá

Seguimos na rodovia,
o Pacífico contornando,
Nos ares dos netos eu via,
que eles estavam gostando

Naquela linda paisagem,
o vulto de uma baleia
Mas era apenas miragem,
refrexo de pedra e areia

Em Santa Cruz, a casa torta,
surpreendeu nossa visão
Olhando através da porta,
parecia uma ilusão

Em Santa Bárbara paramos,
carrosel e diversão
Muito linda, nós achamos,
mais um dia de emoção

Los Angeles atravessamos,
com destino a San Diego
Não demorou e chegamos,
descansamos no aconchego

Sea World à nossa espera,
também Cidadade dos Legos
Toda criança se esmera,
aumenta o prório ego

Saímos para o jantar,
na melhor churrascaria,
e também comemorar,
aniversário alguem fazia...

Logo após, um bolo à mesa,
um parabéns com alegria
O giordanni, uma surpesa:
- a garconete sabia!?

Olhamos para o seu canto,
seis anos ele fazia
Seus olhos brilhavam tanto,
que eu chorei de alegria...

Ficará essa lembrança,
prá sempre, na minha mente
Dei a meu neto criança,
um excelente presente

Terminou nosso passeio.
Eu tenho que elogiar,
não é nenhum devaneio,
o que passo a contar

Rodovias excelentes,
sem pedágios a pagar,
sem nenhum susto na gente,
sem guardas para multar

Aqui no Brasil, presente,
volto à rotina do dia
Tocando a vida contente,
trabalhando com alegreia

Foi muito gratificante,
achar pessoas queridas,
que o vento levou distante,
prá outros rincões da vida

À amiga-irmã Cidinha,
agradeço eternamente
Junto com a vontade minha,
encontramos muita gente

Voltar a rever Janina,
foi um ato emocionante
No seu semblante,  a menina,
dos tempos de estudante

Do tempo que a inocência,
em nossa alma reinava
Sem preocupar com a aparência,
de quem no brinquedo entrava...

O reencontro com a Marina,
me emocionou demais
A doçura dessa menina,
eu nao esqueço jamais

Agradeço à Deus por tudo,
que de bom, ele me deu
Com os espinhos, não me iludo,
vou seguir o caminho meu

À minha esposa agradeço,
pelos filhos que criamos
O seu valor não tem preço,
seu amor não tem tamanho

À meus filhos agradeço,
por serem honrados e corretos
Por não cairem em tropeço,
por nos darem varios netos

Dou à estória, uma parada,
dou à vida uma esperança
Vou continuar a jornada,
sendo sempre, uma criança...


José Paula silva
Nasceu em 11 de agosto de 1950
(Quando criança, lia muito literatura de cordel)

Maringá, 22 de Janeiro de 2011





















































































Nenhum comentário: