Queridos amigos de ontem, de hoje e de sempre e até quando Deus quiser.
Confesso que a emoção desse reencontro toma conta do meu coração.
Desde a época de nossa infância e adolescência até o momento muitas coisas se passaram. Tornamo-nos adultos e alguns até que estão envelhecendo. Não é envelhecer do corpo que estou falando. Estou falando do envelhecer da alma. Ainda bem que somos jovens ainda para sonhar apesar do tempo já estar deixando algumas marcas em nosso rosto. Claro, ainda somos jovens, pois não perdemos a capacidade de sonhar e de realizar os sonhos. E o que vamos viver hoje nada mais é do que a realização de um sonho, de trazer as lembranças do nosso passado e com alegria poder desfrutá-las hoje, reunidos neste indescritível reencontro do que foi, do que é e do que ainda será.
É com saudosismo que me lembro dos amigos de uma época em que os momentos de "fossa" nem eram levados tão a sério, pois eram tão efêmeros que bastava um bom acontecimento para nos deixar novamente na euforia da juventude.
Vivemos também momentos de sonhos e esperanças. Cada qual projetando para si um futuro diferente. alguns teimavam em ser iguais... eu e minha vizinha, por exemplo, queríamos ser diferentes e vivíamos disputando quem seria Miss Brasil.
Quantos trajetos diferentes fomos tomando ao longo de nossas vidas...
Costumo comparar esse caminho com um texto que vi na internet, que vocês já devem ter tido a oportunidade de ler, mas que tomo a liberdade de repeti-lo aqui: é a tal história de que nossa vida seria como um trem em movimento, onde ocupamos um vagão, de onde, no decorrer do tempo uns descem, outros sobem e vão fazendo parte de nossa caminhada.
Lamento com tristeza terem descido do meu trem o meu primo Nivaldo Moretto, os amigos Zinaldo, Edmar Basso, o Misael Junior, Jorge Lourençone, Telma Negri e talves outros que a gente nem sabe. Quantos amores já não desceram do trem que cada um de nós carrega no coração, mas que seu assento ainda está lá bem guardado, esperando, talvez um reencontro ou um nunca mais.
Entretanto, nesse momento, é com coração cheio de alegria que revejo vocês. Sinto que estou adolescendo de novo e que felicidade isso me trás. Se não cheguei a ser Miss Brasil, pelo menos estou me sentindo próxima de completar 15 anos, com a mesma juventude, com o mesmo vigor, com os mesmos sonhos, hoje mais reais, e com os mesmos desejos. Assim é o ser humano: construido de sonhos aos quais damos o sentido que queremos dar.
Quero agradecer a todos por fazerem parte da minha vida em tempos que já se foram, mas que continuem fazendo sempre parte dela.
O amigo é aquele que sente prazer em encontrar-se com outro. Mesmo que centenas de quilômetros nos separem, mesmo que não nos comuniquemos, sabemos que em nosso silêncio interior o amigo nos ama. Basta saber que ele está lá, que a lembrança é boa e já satisfaz a nossa alma; isto já consegue dar o elquilíbrio no amor, apesar das distâncias.
Aproveito a oportunidade para enaltecer e agradecer a todos, mas muito especialmente a dois seres humanos desprendidos, fortes, sinceros, de um coração de inigualável pureza, que não mediram esforços para que esta festa se realizasse. Foram gastos pessoais com tantas minúcias e não cobrados. Foram dias e noites batalhadas para que tudo ficasse a contento e que espero, todos gostem e aproveitem muito bem.
quando falo de duas pessoas maravilhosas refiro-me aos amigos José de Paula Silva e Cidinha Loreto Câmara e quero chamá-los aqui, para receberem uma homenagem em nome de toda a turma, homenagem da qual não poderia me furtar, pois bem sei o quanto ambos dedicaram-se de coração para este encontro se realizasse.
Obrigada, muitos beijos e palmas para todos nós.
E vamos festar.
Marina Linarth
26 de Julho de 2008
Cianorte, Pr.