TRECHOS DO LIVRO "AMIGOS PARA SEMPRE"
Havia acabado de chegar de Cambé, cidade onde nasci, em 18 de julho de 1952, última de uma família de quatro irmãos. Tinha eu, mal completado 08
anos de idade. Saí de uma cidade também pioneira no norte do Paraná,
entretanto, mais avançada em infra-estrutura e passei a morar em Cianorte,
onde não havia luz elétrica e nem asfalto nas ruas. Embora houvesse água
encanada em minha casa, esta vinha de profundos poços artesianos, pois a
região arenosa influenciava na profundidade do lençol freático, aprofundando
-o. Os poços caseiros forneciam água a partir de 45 metros de profundidade, o que demandava muito esforço em retirar a sua água trazida por baldes
amarrados em cordas e puxados à superfície por manivelas manuais.
Criança ainda, adorava a areia que se enfiava pelos meus pés; andava
descalça e brincava muito nas ruas ainda tão serenas e prazeirosas, onde
nossas mães punham as cadeiras nas calçadas no anoitecer para
conversarem, pois graças a Deus não havia novelas e nem televisão naquele
tempo.
Minhas grandes companheiras de infância foram minhas primas: a Nenê
(Cidinha Parisoto) e a Nair Moretto. Mas, também brincava com meus primos
Nivaldo Moretto e Claudio Parisoto. Com estas minhas primas eu brincava
por longas horas todos os dias, quase sempre em minha casa que ficava
localizada na rua da Constituição, bem em frente ao antigo prédio da
Companhia Melhoramentos Norte do Paraná.
Gostava de brincar de rainha e pegava os vestidos melhores da minha irmã Izaura, guardados com carinho, para vestí-los nestas brincadeiras. As barras saiam arrastando pelo chão e juntamente, com minhas primas enfeitava-nos de colares e guirlandas na cabeça. Éramos rainhas, princesas em nossos sonhos de criança e em nosso mundo de fantasias éramos felizes.
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