segunda-feira, 7 de julho de 2008

JOSE PAULA SILVA

TRECHOS DO LIVRO "AMIGOS PARA SEMPRE"

Como tudo aconteceu...
A cerca de 02 anos, minha filha Patrícia descobriu na Internet uma nova e eficiente forma de comunicação. Não sabia que esse badalado Orkut fosse me levar de volta ao caminho que trilhei. Quando encontrei Marina Tomaroli, uma querida amiga que deixou em mim uma saudade imensa, pensei: é só o começo... Mergulhei fundo no Orkut e o resultado, surpreendentemente veio rápido. Em noventa dias, e lá estávamos nós. Com muita alegria e emoção, um grupo de amigos resgatados da adolescência, em 12 de Janeiro de 2008, se reunia em Curitiba para um grande jantar de confraternização. Era só o começo de uma grande chama que se acendia...
Eu, responsável direto, às vésperas de um novo reencontro, agora com uma
participação ainda maior de amigos, sinto uma vontade irresistível de voltar
ao passado onde tudo começou.
Começou em 1959, então com nove anos de idade, ainda não alfabetizado,
chegamos à Cianorte e fomos morar alí na rua Juruá quase esquina com Xingú, vila operária. As primeiras amizades já contemplava duas amigas conhecidas: Flora e Dora Lemos, brincávamos de salva nas tardes noites
pelas ruas da vizinhança. Cianorte não tinha limites, era toda nossa, incluia
os rios, os tanques de banhos, a mata com os pés de Jaboticaba. Só tinha
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um dissabor: O Zé Lebre, um menino pra lá de malvado que usava suas
atribuições físicas para nos maltratar, ora espancando-nos, ora tomando nossas “pipas”, era um estraga prazer.
Com dez anos, iniciei minha primeira série primária, lá no Itacilina. Algum tempo depois entendendo as letras fui atraído pelas matinees, pela troca
de gibis, pelas bolinhas de vidro, pelas figurinhas, pelo futebol de peladas. Como frequentar matinnes? - Custava dinheiro. - Colhi algodão, vendi garrafas vazias, engraxei sapatos, vendi pão nas madrugadas e “escolhi” café nas máquinas
Também usava métodos nada convencionais, um dia achei alguns blocos inteiros de ingressos jogados para queimar, ao lado do muro do cinema, quantia tanta, suficiente para entrar no cinema de graça por mais de ano. E assim o fazia, até que um dia, seu Adélio me agarrou pelas mãos e pediu para chamarem o Juiz de Menor. Morrendo alí de vergonha, num descuido saí correndo e até hoje não me pegaram. Guardei essa façanha prá mim por 40 anos, achava ter cometido um pecado horroroso. Mas, recordar é maravilhoso, e agora que contei esse segredo para a Atoili Rossi, dei boas gargalhadas: ela me disse que fazia o mesmo e sua vergonha maior que a
minha, pois o Odilon a jogou fora do Cinema.

3 comentários:

MAURI TOITO disse...

Voce e a Cidinha Loreto são duas pessoas de valor - sonham e realizam sonhos - Um abraço carinhoso

REENCONTRO CIANORTE disse...

Obrigado pelo elogio amigo Mauri...
Isso nos dá força maior ainda para realizarmos nosso objetivos...Um grande abraço!

Cidinha Loreto disse...

Zéééééééééééé!!!!!!
Aprendi a mandar mensagens!!!!
Grande bj a vc e essa família tão linda!!!!!!!!!!!
Cidinha loreto

"Amigos para sempre"