DINIZ AFONSO
Queridos amigos, confrades e contemporâneos de Cianorte:
Um dia desses, enquanto esperava a vez na sala de espera de um consultório médico, percebi, solta entre as revistas, uma folha de papel. A
curiosidade fez com que a tomasse para ler o conteúdo. Era uma bela
mensagem que alguém havia escrito. O título, interessante e curioso: “Aprendi”... Dizia o seguinte:
Aprendi que eu não posso exigir o amor de ninguem, posso apenas dar boas
razões para que gostem de mim e ter paciência, para que a vida faça o resto.
Aprendi que não importa o quanto certas coisas sejam importantes para mim,
tem gente que não dá à mínima e eu jamais conseguirei convencê-las.
Aprendi que posso passar anos construindo uma verdade e destruí-las em
apenas alguns segundos. Que posso usar meu charme por apenas 15
minutos... Depois disso, preciso saber do que estou falando.
Eu aprendi... Que posso fazer algo em um minuto e ter que responder por
isso o resto da vida. Que por mais que se corte um pão em fatias, esse pão
continua tendo duas faces... E o mesmo vale para tudo o que cortarmos em
nosso caminho. Aprendi... Que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser... E devo ter paciência. Mas, aprendi também, que posso ir alem dos limites que eu próprio coloquei. Aprendi que preciso escolher entre controlar meus pensamentos ou ser controlados por eles. Que os heróis são pessoas que fazem o que devem fazer “naquele” momento, independentemente do medo que sentem. Aprendi que perdoar exige muita prática. Que há muita gente que gosta de mim, mas não consegue expressar isso. Aprendi...Que nos momentos mais difíceis, a ajuda veio justamente daquela pessoa que eu achava que iria tentar piorar as coisas. Aprendi que posso ficar furioso, tenho direito de me irritar, mas não tenho o direito de ser cruel. Que jamais posso dizer a uma criança que seus sonhos são impossíveis, pois seria uma tragédia para o mundo se eu conseguisse convencê-la disso
Eu aprendi que meu melhor amigo vai me machucar de vez em quando... E
que eu tenho que me acostumar com isso. Que não é o bastante ser
perdoado pelos outros... Eu preciso me perdoar primeiro. Aprendi que, não importa o quanto meu coração esteja sofrendo o mundo não vai parar por causa disso.
Eu aprendi... Que as circunstâncias de minha infância são responsáveis pelo
que eu sou, mas não pelas escolhas que eu faço quando adulto. Aprendi que, numa briga, eu preciso escolher de que lado estou, mesmo quando não quero me envolver. Que, quando duas pessoas discutem, não significa que elas se odeiem; e quando duas pessoas não discutem, não significa que elas se amem. Aprendi que, por mais que eu queira proteger os meus filhos, eles vão se machucar e eu também. Isso faz parte da vida. Aprendi que a minha existência pode mudar para sempre, em poucas horas, por causa de gente que eu nunca vi antes. Aprendi também que diplomas na parede não me fazem mais respeitável ou mais sábio. Aprendi que as palavras de amor perdem o sentido, quando usadas sem critério. E que amigos não são apenas para guardar no fundo do peito, mas para mostrar que são amigos.
Aprendi que certas pessoas vão embora da nossa vida de qualquer maneira,
mesmo que desejamos retê-las para sempre. Aprendi, afinal, que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisa em que acredito.
Com essa folha de papel eu aprendi que ainda tenho muito a aprender... E
você?
“Todo aquele que passa em nossa vida, nunca vai sozinho, nem nos deixa só, deixa um pouco de si, e leva um pouco de nós.” Sant Exupéry Caros José Paula e Cidinha Loreto:
Envio-lhes algumas fotos de nossa época, de bons momentos que marcaram
muito a minha vida, são de meu álbum Pessoal; cujas imagens trago no meu
coração e na minha mente. Aproveitem as que quiserem e divulguem a todos, elas são nossas – para serem compartilhadas.
PARTILHA
Partílha é o antídoto contra o egoísmo e a concentração. Aprende-se ou não
a partilhar desde a infância. A criança é por natureza possessiva e voltada
ao ter tudo para si. Mas o caminho da felicidade vai à contramão da concentração. O apósto Paulo afirma que o mestre Jesus teria dito: Há mais
felicidade em dar do que em receber”. Se todos aprendessem a partilhar e
e praticassem a partilha, não haveria no mundo necessitados.
Os milagres de Jesus, conhecidos como “multiplicação dos pães”, são na
verdade o milagre da partilha. Pobre de quem se julga tão pobre a ponto
de não ter nada para repartir com alguém. Quando Deus criou o mundo, estabeleceu que todas as criaturas tivessem o suficiente e o necessário para
defender a vida. Por isso a partilha se torna um mandamento cada dia mais
necessário. Às vezes, não querer partilhar é transgredir o mandamento que
diz: “Não mate!”
MUTIRÃO DA VIDA
A vida é fruto de mutirão. Em primeiro lugar, um mutirão gostoso de duas
criaturas que desejam ver reproduzido em outro ser o resultado do seu amor.
Em seguida, vêm todos que trabalharam no mutirão da vida de uma pessoa:
parentes, amigos (é aí que vocês todos entram – fazem parte da minha vida),
professores, catequistas, médicos, colaboradores... de modo que a vida já
não é somente dela, pois nela há algo de tantas pessoas (olha você aí de
novo) que ajudaram a construí-la.
Assim, a vida já não lhe pertence totalmente, sim faz parte de todos os que
ajudaram no mutirão. Dessa forma, a vida, que tem um preço incaculável, só
tem sentido quando entra no mutirão para a construção de outras vidas. Há
quem não veja sentido na vida. Não seria porque não aprenderam a construir
outras? Se você sofre dessa tentação, procure o sentido da vida fora de si,
nos outros.
AJUDANDO O PRÓXIMO A ENCONTRAR O SENTIDO PARA A
VIDA DELE, VOCÊ ENCONTRARÁ O PRÓPRIO
Estas são as minhas mensagens para vocês, com todo o meu amor, respeito
estima e consideração: numa linguagem transparente, que atinge os íntimos refolhos das almas dotadas de sentimentos transcendentais.
Ósculos e amplexos.
Diniz Afonso: O Sentinela Postado do Vale Azul.
Maringá, 11 de Maio de 2008 – Domingo dia das Mães.
“Que Deus abençõe a todas as Mamães do mundo”.
sábado, 24 de outubro de 2009
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