PARA O LIVRO DE RECORDAÇÕES AMIGOS PARA SEMPRE
“Um homem de uma aldeia de Paranaguá, no litoral do paraná, conseguiu
subir aos céus. Quando voltou contou. Disse que tinha contemplado lá do
alto, a vida humana. E disse que somos um monte de fogueirinhas. O
mundo é isso. - Revelou. - Um montão de gente, um mar de fogueirinhas.
Cada pessoa brilha com luz própria entre todoas as outras. Não existem
duas fogueiras iguais. Existem fogueiras grandes e pequenas e fogueiras de
todas as cores. Existe gente de fogo sereno, que nem percebe o vento, e
gente de fogo louco, que enche o ar de chispas. Alguns fogos, fogos bobos,
não alumiam nem queimam; mas outros incendeiam a vida com tamanha
vontade que é impossível olhar para eles sem pestanejar, e quem chegar
perto pega fogo. Acredito que cada um de nós, a sua maneira, com a sua
particularidade foi e continuará sendo uma das fogueirinhas.”
Colaboração do amigo
Adley Forti Rubira
Do Livro dos Abraços do escritor Eduardo Galeano
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
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