CARTINHA PARA OS AMIGOS DE CIANORTE
Caros colegas da turma de Ginásio e também colegas de Cianorte que não eram da mesma turma, mas que também fizeram parte de minha vida.
Fico pensando em como esta história de nos reunirmos está mexendo com meu lado emocional. E pus-me a refletir numa tentativa de compreender esta revolução que se passa dentro de mim.
Ora, como não poderia mexer comigo, se a perspectiva de nos encontrarmos trás a tona lembranças da infância e juventude... umas boas, outras nem tanto... conflitos resolvidos e outros não resolvidos, amores que ficaram pelo caminho, “foras” que dei,“foras”que levei... cinemas, mãos dadas, coração disparado, bailes, expectativas objetivos, sonhos...
Passados 40 anos eis-me aqui fazendo uma tentativa de resgatar tudo o que ficou para tráz. Sabemos por onde trilhamos e o que nos espera, mesmo que inconscientemente. A contagem é indubitavelmente progressiva de uma forma e regressiva de outra. É como aquela história do trem da vida que cansou de rolar pela Internet... uns sobem no trem, outros descem, até que o trem chega a seu destino final.
Assim, fico pensando no nosso encontro e em como os olhos dos amigos pousarão em em mim e verão algumas rugas pra cá e pra lá, as pálpebras um pouco mais caídas, um incômodo panículo adiposo (recuso-me a chamar de gordura) a permear minhas entranhas esticando minha pele, aqueles fios de cabelos brancos agora disfarçados por uma boa tintura e, se me convidarem para escalar cachoeiras ou fazer rapel, terei de arrumar uma boa desculpa para não ir.
Mas, chego à conclusão de que o que realmente importa não são as marcas que consegui pelo caminho. Elas fazem parte do meu trajeto e do trajeto de cada um. O que realmente importa é a troca de afetos que poderemos realizar. É ficar feliz porque apesar dos percalços da vida ainda estamos aqui. É agradecer ao Universo pela possibilidade de trocar energias.
E, como diz Carlos Drummond de andrade:
“A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está
no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta
que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a
felicidade”
Portanto...não temam...(risos)...espero encontrá-los dia 12 de janeiro
Grande e carinhoso abraço Marina Tomaroli Linarth 011
sábado, 24 de outubro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário